Os especialistas da NASA conseguiram restaurar o funcionamento do equipamento do telescópio espacial Hubble, que foi transferido para o modo de segurança devido a problemas com a comunicação interna do aparelho em outubro deste ano. "A equipe continuará desenvolvendo e testando alterações de software nos instrumentos que lhes permitirão realizar operações científicas, mesmo que encontrem algumas mensagens de sincronização perdidas no futuro", disse a NASA em um comunicado.
No final de outubro, o Hubble apresentou uma falha de sincronização de comunicação interna. Isso desativou todos os quatro instrumentos científicos do telescópio e o desligou temporariamente. O primeiro dos instrumentos a voltar online, a Advanced Camera for Surveys (ACS), voltou a funcionar em 7 de novembro, enquanto os quatro instrumentos restantes estão em "modo de segurança" para proteção.
A equipe do Hubble continuará trabalhando para evitar tais problemas no futuro, e a primeira dessas mudanças será uma atualização de software agendada para meados de dezembro no instrumento Cosmic Origins Spectrograph. A NASA disse em um comunicado que os outros instrumentos científicos do Hubble também receberão atualizações de software nos próximos meses.
Em breve, o Hubble será acompanhado no espaço por outro telescópio poderoso, o Telescópio Espacial James Webb, uma colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Canadense. O Webb escaneia o espaço no infravermelho, para que possa fazer observações únicas que complementam as do Hubble. "Com o lançamento do Telescópio Webb agendado para o final deste mês, a NASA espera que os dois observatórios funcionem bem juntos nesta década, expandindo ainda mais nosso conhecimento do espaço", acrescentou a NASA em um comunicado.
Lembramos que em junho deste ano, o telescópio Hubble já parou de funcionar devido a um mau funcionamento do sistema. Em seguida, todos os dispositivos do telescópio também foram colocados em modo de segurança. O Hubble foi lançado em 1990. Desde então, os especialistas atualizaram o telescópio cinco vezes, melhorando sua ótica. O Hubble é capaz de detectar certos corpos cósmicos no espectro visível, ultravioleta e infravermelho. Durante os 31 anos de operação, o telescópio realizou mais de 1,5 milhão de estudos do universo, com base nos quais mais de 18 relatórios científicos foram preparados. Por exemplo, os dados obtidos com a ajuda do Hubble serviram de base para o mapeamento da matéria escura, o estudo dos buracos negros e a preparação da espaçonave New Horizons para o voo a Plutão em 2015.
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