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A ESA mostrou como testa tecnologias para coletar amostras da superfície de Marte

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Encontre, pegue e leve embora. Em seguida, repita. Parece uma tarefa simples. Mas e se não estivermos falando de chaves ou meias perdidas em algum lugar do apartamento, mas da melhor estratégia para coletar amostras na superfície de Marte, que fica a cerca de 290 milhões de quilômetros de casa? É nisso que a peça está trabalhando equipas da ESA.

Laura Bielenberg é estagiária da campanha Mars Sample Return, que, como você pode imaginar, visa devolver amostras coletadas pelo rover da NASA Perseverança, e está diariamente empenhado em testar tecnologias para a exploração de Marte.

Coelho ESA

Os testes estão ocorrendo em uma simulação de rocha do Planeta Vermelho no Centro Técnico ESTEC da ESA em Noordwijk, na Holanda. Apelidado de Mars Yard, este local de teste faz parte do Laboratório de Robótica Planetária. O tubo de ensaio é uma cópia daqueles em que o rover é Perseverança coletou amostras e as deixou hermeticamente fechadas na superfície do planeta. Eles são chamados RSTAs, abreviação de Returnable Sample Tube Assembly, e para a maioria das pessoas na Terra (pelo menos aqueles familiarizados com a franquia Star Wars), eles podem se parecer um pouco com sabres de luz.

Marte Yard

Laura Bielenberg explora estratégias de breadboarding – desde a detecção autônoma até a estimativa da posição de cápsulas de amostras em Marte – usando uma cama de teste chamada RABBIT (RAS Bread Boarding In-house Testbed).

manipulador robótico ESA para transferir as amostras terá que carregar os tubos para sua entrega à Terra - ele irá recuperar as amostras do Mars rover Perseverance, e também proteger os helicópteros que irão retirar cópias dos tubos do armazenamento caso eles caiam repentinamente no superfície.

Além de câmeras e sensores, a equipe também conta com redes neurais para auxiliar na coleta de amostras. “A rede neural detectará primeiro a cápsula em imagens de uma câmera de navegação montada no topo da estrutura. Em segundo lugar, identifica pontos na imagem para estimar a posição do tubo no solo”, explica Laura.

A equipe tentou recriar o ambiente marciano simulando iluminação e terreno semelhantes. “Temos um mix de iluminação direta e indireta e trabalhamos com diferentes tipos de terreno, combinando areia, seixos e pedras. Todos esses cenários foram importantes para treinar redes neurais para detectar tubos de forma confiável”, acrescenta ela.

ESA

O objetivo da missão é entregar amostras de Marte para a terra "Pela primeira vez, os cientistas terão a oportunidade de analisar o regolito marciano em seus laboratórios aqui na Terra. É incrível trabalhar em pesquisas que levam à criação de um sistema robótico para Marte e pensar que podemos contribuir para elucidar a composição de outro planeta do sistema solar”, diz Laura Bielenberg.

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