O planeta 55 Cancri e, conhecido nos círculos científicos como o "Planeta Infernal", pode nem sempre ter sido o que é hoje. Aqui as nuvens expelem lava em vez de chuva, a superfície é de oceanos de magma quente e o núcleo é feito de diamantes. O clima terrível no planeta foi resultado de uma aproximação anômala de sua estrela.
O mundo rochoso, chamado de "Janssen" em homenagem a Zacharias Janssen, um fabricante de óculos holandês duvidosamente considerado o inventor do primeiro telescópio óptico, está a 40 anos-luz de distância. O planeta gira em torno da estrela de Copérnico a uma distância 70 vezes mais próxima que a Terra do Sol. Um ano em Janssen dura apenas 18 horas.
Os pesquisadores queriam estudar o sistema distante para avaliar como seus planetas evoluíram e como ele difere do nosso sistema solar plano, em forma de panqueca, onde todos os planetas ocupam basicamente os mesmos planos orbitais. Compreender essas diferenças ajudará os cientistas a estimar a probabilidade de vida em mundos semelhantes à Terra em outras partes do universo.
A observação de Janssen permitiu aos cientistas reconstruir a órbita extremamente próxima do planeta em torno do equador de Copérnico, que eles acreditam ter entrado depois que mudanças gravitacionais no sistema o aproximaram da estrela. O planeta orbita a estrela copernicana, que faz parte de um par binário com uma anã vermelha, junto com outros quatro planetas.
E embora Janssen sempre tenha sido um planeta quente, não havia um clima tão infernal lá. A rotação copernicana incha no meio da estrela e achata sua parte superior e inferior, fazendo com que a órbita de Janssen se alinhe ao longo do equador da estrela. Esta é uma órbita particularmente estranha em comparação com os outros planetas do sistema, cujas órbitas nem se cruzam entre Copérnico e a Terra.
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