Astrônomos usando um telescópio espacial James Webb fizeram outra descoberta científica - eles registraram as quatro galáxias mais distantes já observadas. As galáxias estão localizadas a uma distância de pouco mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra.
Isso significa que os astrônomos agora podem ver como as galáxias se pareciam literalmente 300-500 milhões de anos após o Big Bang, durante o nascimento de nosso universo de quase 14 bilhões de anos.
"A fronteira agora está mudando quase todos os meses", disse o professor de astronomia Pieter van Dokkum. De fato, entre essas galáxias e o Big Bang, segundo ele, "só restam 300 milhões de anos de história inexplorada do universo".
A princípio você pode pensar que já ouviu isso em algum lugar, pois alguns estudos já falaram sobre a possível detecção de galáxias ainda mais antigas com a ajuda de telescópio Webb. No entanto, as quatro galáxias recém-descobertas são diferentes das demais - os astrônomos confirmaram que são realmente galáxias antigas e não algum outro corpo celeste, ou galáxias mais próximas disfarçadas de galáxias mais distantes.
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Para galáxias próximas, os astrônomos costumam usar cores para estimar o desvio para o vermelho, mas esse método é mais difícil quando se trata de investigar limites inteiramente novos, como os propostos por Telescópio Webb. Os autores do novo estudo usaram medições detalhadas dos espectros das galáxias, ou a faixa de luz que emitem em diferentes frequências, para verificar novamente a precisão do desvio para o vermelho.
As evidências sugerem que essas galáxias existem durante a era da reionização, quando, segundo os astrônomos, as primeiras estrelas começaram a se formar. Depois de confirmar as idades das galáxias, os pesquisadores determinaram os tamanhos de suas estrelas e descobriram que eram bem pequenas, pelo menos em comparação com a nossa própria Via Láctea. Mas, ao mesmo tempo, a criação de novas estrelas ocorreu em um ritmo frenético, o que foi "incrível em um estágio tão inicial do desenvolvimento do universo", como diz o coautor. pesquisa, pesquisador do Instituto de Astrofísica de Paris, Stéphane Charlot.
Segundo os cientistas, as galáxias também não contêm nenhum elemento particularmente complexo, o que indica que suas estrelas ainda não tiveram tempo de formar elementos mais pesados, mas consistem em átomos primordiais de hidrogênio e hélio do início o universo. "As galáxias tiveram que crescer muito rapidamente", dizem os astrônomos, referindo-se aos 300 milhões de anos em que ocorreu sua formação.
Quando o telescópio Webb foi lançado pela primeira vez, em dezembro de 2021, os astrônomos esperavam que encontrasse as primeiras galáxias. No entanto, os resultados que ele está mostrando agora sugerem que as galáxias podem ter se formado ainda mais cedo do que os cientistas pensavam. "O nascimento das primeiras galáxias pode ser tão precoce que está além das capacidades até mesmo do telescópio Webb", disse van Dokkum.
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