As pessoas que trabalham e vivem no espaço enfrentam perigos e problemas potenciais completamente diferentes dos quais nunca se ouviu falar na Terra. Por exemplo, frações de energia solar ou SEPs. Essas minúsculas partículas viajam quase à velocidade da luz e podem chegar à Terra a partir do Sol em menos de uma hora. Eles também podem destruir a eletrônica da espaçonave e ameaçar a saúde dos astronautas.
O início dos SEPs é extremamente difícil de prever porque os cientistas não sabem exatamente onde eles se originam no Sol. No entanto, um novo estudo foi capaz de rastrear as erupções SEP até o Sol e lançar luz sobre a resposta a essa pergunta pela primeira vez. A cientista Stephanie Yardley diz que, pela primeira vez, os pesquisadores conseguiram identificar as fontes específicas dessas partículas energéticas.
A Yardley acredita que entender as regiões derivadas e os processos físicos que causam SEPs pode levar a melhores previsões de eventos. Os SEPs podem vir do Sol em qualquer direção, e simplesmente observá-los do espaço não é tão fácil. Observar essas partículas no espaço é uma das principais funções do Observatório do Sistema Heliofísico da NASA.
Os cientistas dividiram o SEP em duas grandes categorias: impulsivo e gradual. Eventos impulsivos são explosões brilhantes no Sol causadas por erupções magnéticas repentinas. SEPs graduais duram mais – até mesmo por vários dias. Eles geralmente se formam em grandes aglomerados, o que os torna ainda mais perigosos para astronautas ou satélites.
SEPs graduais são impulsionados por ejeções de massa coronal, grandes plumas de material solar que sobem para o espaço como uma onda de maré. Os pesquisadores rastrearam a sucessão de eventos SEP de janeiro de 2014 até sua origem no Sol. Ficou claro que os eventos tinham uma assinatura especial, ou seja, uma mistura de partículas diferente do que é normalmente encontrado no vento solar. A equipe diz que os SEPs de alguma forma se libertaram dos fortes laços magnéticos conectados ao Sol em ambas as extremidades.
A descoberta levantou novas questões para pesquisas futuras, mas identificar sua fonte é um primeiro passo importante.
Leia também:
- NASA alerta para um asteroide perigoso do tamanho da Ponte Golden Gate
- NASA divulga foto não editada de Marte como prova do status da missão