Como parte das recentes medidas de corte de custos, o Google planeja fundir suas divisões Waze e Maps, informa o The Wall Street Journal. A mudança visa reduzir a duplicação de esforços entre os produtos, mas o Google disse que ainda manterá os aplicativos Waze e Maps separados.
"O Google continua profundamente comprometido com a marca exclusiva do Waze, o aplicativo amado e a próspera comunidade de voluntários e usuários", disse um representante da empresa em entrevista ao WSJ. O CEO do Waze, Neha Parikh, deixará o cargo após um período de transição, mas não haverá demissões. A partir desta sexta-feira, a equipe de 500 Waze se juntará à organização do Google Geo responsável pelo Maps, Earth e Street View.
O Waze e o Maps têm trocado recursos desde que o Google comprou o Waze por US$ 1,1 bilhão em 2013. Os dados de trânsito do Waze começaram a aparecer no Maps logo após a compra, com limites de velocidade, localizações de radares de velocidade e outros recursos vindo posteriormente. Por sua vez, o Waze se beneficiou do know-how de pesquisa do Google. A FTC iniciou uma investigação antitruste logo após a aquisição e, na época, o Google disse que mantinha o Waze como uma unidade separada "por enquanto".
Nove anos se passaram desde então, mas de acordo com o ex-CEO Noam Bardeen, o Waze nunca conquistou total independência. “Todo o nosso crescimento no Waze desde a aquisição veio do trabalho que fizemos, não do suporte da empresa controladora. Em retrospecto, provavelmente poderíamos ter crescido mais rápido e com muito mais eficiência se tivéssemos permanecido independentes”, disse ele em um post no LinkedIn no ano passado.
O Waze tem 151 milhões de usuários ativos mensais, em comparação com 1 bilhão do Google Maps. No entanto, o Waze é um aplicativo de navegação muito popular (especialmente na Europa) devido à sua natureza de crowdsourcing. Os usuários individuais podem facilmente relatar tráfego, polícia, acidentes, problemas de mapa, câmeras de radar e muito mais com o clique de um botão. O Google Maps adicionou a capacidade de relatar incidentes de trânsito em 2019, mas é menos colaborativo.
Com a desaceleração da receita publicitária do Google, o CEO Sundar Pichai disse em setembro que espera tornar a empresa 20% mais eficiente. Parte disso, diz ele, pode ser alcançado por meio de demissões e fusões de diversos produtos.
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