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A escuridão causada pelo asteroide que matou os dinossauros eliminou a vida na Terra em 9 meses

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Os anos após o impacto do asteroide que eliminou os dinossauros não-aviários foram tempos sombrios – literalmente. A fuligem de incêndios violentos encheu o céu e obscureceu o Sol, contribuindo diretamente para a onda de extinções que se seguiu.

Após o impacto do asteroide, que aconteceu há cerca de 66 milhões de anos, o cataclismo destruiu instantaneamente muitas formas de vida. Mas o impacto também causou mudanças no ambiente que levaram a extinções em massa que duraram muito tempo. Um desses impulsos de extinção podem ser densas nuvens de cinzas e partículas que foram lançadas na atmosfera e se espalharam pelo planeta. Eles envolveram algumas partes da Terra em escuridão que pode durar até dois anos.

Durante esse período, a fotossíntese foi interrompida, o que levaria ao colapso do ecossistema. E mesmo após o retorno da luz solar, o declínio pode persistir por décadas, de acordo com a pesquisa apresentada em 16 de dezembro na reunião anual da União Geofísica Americana (AGU) em Nova Orleans e online.

A escuridão causada pelo asteróide destruiu a vida na Terra em 9 meses

O período Cretáceo (145-66 milhões de anos atrás) terminou com uma explosão, quando um asteróide movendo-se a uma velocidade de aproximadamente 43 mil km/h colidiu com a Terra. Seu diâmetro era de cerca de 12 km e deixou para trás uma cicatriz conhecida como Cratera Chicxulub, que fica submersa no Golfo do México, perto da Península de Yucatán, e tem pelo menos 150 km de diâmetro. Como resultado da colisão, pelo menos 75% da vida na Terra foi destruída, incluindo todos os dinossauros não-aviários (o gênero do qual as aves modernas descendem, o único ramo da família dos dinossauros a sobreviver à extinção).

Nuvens de rocha britada e ácido sulfúrico do desastre podem escurecer o céu, esfriar as temperaturas globais, causar chuva ácida e incêndios florestais. Os cientistas propuseram pela primeira vez um cenário de "inverno nuclear" após a colisão de um asteróide na década de 1980. Esta hipótese sugeriu que a escuridão desempenhou um papel nas extinções em massa após o impacto do Cretáceo, tendo dito Peter Roopnarin, Curador de Geologia do Departamento de Zoologia e Geologia de Invertebrados da Academia de Ciências da Califórnia e palestrante na reunião da AGU. No entanto, apenas na última década os pesquisadores desenvolveram modelos que mostram como essa escuridão pode afetar a vida.

A escuridão causada pelo asteróide destruiu a vida na Terra em 9 meses

Os pesquisadores descobriram que os ecossistemas podem se recuperar da escuridão com duração de até 150 dias. Mas depois de 200 dias, a mesma comunidade de amostras estava chegando a um ponto crítico, quando "algumas espécies estavam morrendo e os padrões de dominância estavam mudando", relataram os cientistas. Em simulações em que a escuridão durou muito tempo, a extinção aumentou dramaticamente.

Quando um ecossistema atingia um ponto de inflexão, poderia eventualmente se recuperar com uma nova distribuição de espécies, mas esse processo levaria décadas. Estudos mostraram que foram necessários 40 anos após o anoitecer para que as condições do ecossistema começassem a se recuperar, disseram cientistas na conferência.

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