De acordo com analistas da IDC, a escassez de componentes eletrônicos pode afetar mais o segmento de computadores Chromebook do que o setor de notebooks Windows. Apesar dos indicadores de demanda, os fabricantes estão dispostos a sacrificar a primeira em prol da segunda devido às margens mais altas.
A escassez global de componentes, que afetou quase todo o mercado de eletrônicos, obriga os fabricantes a optar por produtos que tragam maiores lucros, garantem os analistas da IDC. "Apesar da alta demanda por Chromebooks e até entregas incompletas sob contratos educacionais, os fabricantes nas condições de uma escassez contínua de componentes começaram a priorizar laptops Windows de margem mais alta", - a edição britânica do The Register cita o especialista da empresa.
Apesar do crescimento ativo do segmento de chromebooks, causado pelas mudanças nas necessidades dos compradores em relação à pandemia, os fabricantes têm suas próprias avaliações de eficiência. Se houver uma escolha entre computadores com Windows e Chromebooks, que não fornecem um lucro tão alto, o fabricante, em qualquer caso, fará uma escolha a favor do primeiro.
Em apoio a esta posição, são citadas as palavras do chefe da HP, Enrique Lores: "Atualmente, há falta de oferta para atender à demanda sustentada, e os surtos de COVID no Sudeste Asiático estão pressionando ainda mais nossas cadeias de suprimentos ." Ao mesmo tempo, os Chromebooks, que representam até 20% da linha da empresa, "afetam os preços médios no segmento de PCs, porque os Chromebooks geralmente têm preços mais baixos do que outros na faixa de PCs", diz Lores.
Nesse sentido, concluem os analistas da IDC, a escassez de componentes será um dos fatores na corrida competitiva do sistema operacional. E mesmo na presença de alta demanda, os fabricantes de computadores se concentrarão não nas necessidades dos compradores, mas nos critérios financeiros.
Supondo que a previsão sombria da IDC de uma desaceleração da produção se torne realidade, o momento não poderia ser pior para os Chromebooks. Os laptops não só terão que competir com o MacBook de Apple M1, mas também com a chegada iminente do Windows 11, que está despertando o interesse pelos PCs tradicionais. Assim, como disse o analista da IDC Brian Lynch: "A corrida do sistema operacional para PC será a mais acalorada em muito tempo".
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