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Cientistas desenvolveram biorobôs automontados que ajudam a curar feridas

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Pesquisadores da Taft University e do New Jersey Institute of Technology colaborar para criar robôs biológicos microscópicos que podem ajudar o corpo a se curar após uma lesão. Embora os chamados antropobôs ainda não tenham sido testados em humanos, eles se mostraram promissores em modelos de lesões em placas de Petri que utilizam células humanas.

Cada antropobô consiste em várias células pulmonares humanas. Essas células são cultivadas separadamente em um ambiente especial e depois se agrupam em grupos. As células pulmonares possuem cílios, que são capazes de movimentos caóticos para realizar uma série de funções biológicas. Os cientistas tiveram que inventar tal ambiente para que os cílios crescessem fora das células em toda a sua superfície. Quando as células foram montadas em uma estrutura multicelular, os cílios as cobriram completamente. Tal célula poderia mover-se em qualquer direção.

Os cientistas distinguiram dois tipos de células: algumas tinham formato bastante esférico, enquanto outras tinham formato elíptico. Descobriu-se que os coágulos esféricos estavam em sua maioria esmagados no lugar. Os movimentos dos cílios na superfície esférica compensavam-se mutuamente. Os corpos elípticos eram capazes de se mover. A trajetória do movimento dependia da densidade dos cílios em uma ou outra parte do coágulo, mas principalmente era um movimento circular.

Dependendo de sua forma, os robôs humanos se movem de duas maneiras. Os robôs humanóides esféricos, chamados de “bots Tipo 1” no artigo dos pesquisadores para a Advanced Science, são surpreendentemente menos móveis que os elipsoidais, ou “bots Tipo 2”. Isso se deve ao fato de que a distribuição relativamente uniforme dos cílios leva ao fato de que cada movimento dos cílios “compensa” um ao outro. Embora os antropomorfos esféricos ainda possam se mover, eles são menos capazes de locomoção eficiente do que os elipsóides, que podem se mover em linhas retas ou em círculos estreitos, dependendo da densidade dos cílios.

Pesquisadores desenvolveram biorobôs que curam feridas

Chamar aglomerados de células de “robôs” pode ser muito generoso, como apontam alguns cientistas não envolvidos no projeto. Os antropobôs não só não possuem componentes elétricos – o que não impediu os pesquisadores de usar o termo antes – mas seus movimentos não parecem ser capazes de atingir uma parte específica do corpo. Isto poderia representar um problema para a missão de longo prazo dos pesquisadores de usar robôs humanóides para curar feridas.

No laboratório, a equipe simulou um pequeno ferimento arranhando uma fina camada de neurônios. Quando colocaram robôs humanos no arranhão, pareceram criar uma ponte na ferida, o que permitiu aos neurônios “resolverem” o arranhão por vários dias. Não está claro como ou por que ajudaram a curar uma ferida, mas os pesquisadores comparam a capacidade dos nódulos de formar pontes à das formigas, que muitas vezes se unem para fechar uma lacuna que uma única formiga não consegue atravessar.

Esta é apenas a ponta do iceberg dos antropobôs. Em seu artigo, os pesquisadores levantam muitas “questões sem resposta para trabalhos futuros” relacionadas ao comportamento dos aglomerados de células, ao potencial de reparo de tecidos e até mesmo à capacidade de aprender. Encontrar respostas a estas questões permitirá aos investigadores tirar os robôs humanos do seu ambiente isolado e ver onde podem servir a medicina regenerativa.

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