Anna Petrenko, que deveria ser uma participante da Ucrânia no festival de circo na Itália, protestou contra um dos membros do júri, o diretor do Circo Estatal de Moscou, Maksym Nikulin. A propósito, ele apoia ativamente a guerra da Federação Russa contra a Ucrânia. Por conta disso, a artista circense foi desclassificada, o que ela falou em seu relato em Instagram.
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Anna Petrenko postou um vídeo, no início da qual ela aparece no palco envolta na bandeira ucraniana. Nas mãos, a artista segurava folhas de papel com a inscrição “Nikulin apoia a invasão da Ucrânia” e a foto de um russo cercado por soldados. Depois disso, ela desceu ao corredor e começou a distribuir as mesmas folhas aos presentes. Porém, durante isso, o diretor artístico do festival, Antonio Giarola, tomou a palavra e pediu desculpas ao público. Afirmou que não sabia das ações do artista ucraniano e não as coordenou.
Em sua postagem, a ucraniana escreveu que pede desculpas aos telespectadores que não viram sua atuação. “Quando fui ao festival, não sabia que pela primeira vez desde a fundação do festival, um representante do país agressor, a Rússia, seria convidado para o júri”, escreve Anna Petrenko. - Envio amor e abraços a todos que me apoiaram e desejo um céu de paz acima da minha cabeça." Ela também expressou insatisfação com a presença de Maxim Nikulin no júri. O artista chamou isso de "uma tentativa de reabilitar a imagem da Rússia, a agressora na guerra contra a Ucrânia".
Segundo Anna, sob a liderança de Maxim Nikulin, o Circo Estatal de Moscou oferece benefícios aos participantes das hostilidades contra a Ucrânia e seus filhos, "brigadas de propaganda de artistas atuam para os militares", e o próprio diretor conta aos jornalistas sobre como ajudar os ocupantes e apoiar as autoridades.
Em vez disso, o diretor artístico do festival, Antonio Giarola, disse que este ano os russos foram convidados para o júri “tal como outras organizações culturais e artísticas” e acrescentou que entre os participantes do festival estão 11 ucranianos e 3 russos. Assim, “confirma o estatuto do evento como símbolo de convivência e unidade, de acordo com as tradições circenses”. Ele também afirma que, antes de convidar Maksym Nikulin, pediu a duas importantes figuras do circo da Ucrânia que se juntassem ao júri, mas elas supostamente recusaram.
Afirmou ainda que se considerava “enganado” pelas ações da artista, que parecia saber da presença de Maxim Nikulin no júri, por já ter participado de espetáculos anteriores. “Ela poderia ter se recusado a participar, e eu a teria entendido; em vez disso, ela queria fazer barulho em um lugar onde as bandeiras políticas não têm valor. Só a arte importa: o circo é um lugar onde as culturas se encontram”, afirmou.
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