A Boeing Co. está considerando a venda de seu negócio espacial enquanto seu novo CEO busca melhorar as dificuldades financeiras da empresa, informou o Wall Street Journal na sexta-feira.
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A empresa está avaliando a possibilidade de vender seus negócios na NASA, incluindo a problemática espaçonave Starliner, disse a publicação, citando pessoas familiarizadas com o assunto. Questionado sobre a situação, um representante da Boeing disse à AFP que a empresa “não comenta rumores e especulações no mercado”.
O CEO Kelly Ortberg, que ingressou na empresa em agosto, disse no início desta semana que está revendo as operações da empresa para restringir o perfil da Boeing. Para a Boeing, é melhor “fazer menos e melhor do que fazer mais e mal”, disse Ortberg na quarta-feira em teleconferência de resultados com analistas.
Embora não tenha indicado planos para reduzir o programa espacial da empresa, Ortberg apontou as aeronaves comerciais e a defesa como produtos “principais” que “permanecerão sempre com a Boeing”. Os anúncios foram feitos depois que a Boeing relatou perdas colossais de US$ 6,2 bilhões, em parte devido aos efeitos de uma greve de seis semanas de trabalhadores na região de Seattle, que fechou duas fábricas de montagem.
Também na quarta-feira, o sindicato dos maquinistas rejeitou a última oferta de contrato da gigante da tecnologia, prejudicando ainda mais as perspectivas da empresa.
A Boeing trabalha em estreita colaboração com a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) há anos, mas o programa espacial da empresa sofreu reveses significativos nos últimos anos. Depois de muitos atrasos, o Starliner foi lançado em junho para uma missão de teste de aproximadamente uma semana.
Mas falhas inesperadas de motor e um vazamento de hélio a caminho da Estação Espacial Internacional (ISS) atrapalharam esses planos e, em setembro, a NASA finalmente decidiu que seria mais seguro devolver os dois astronautas em uma espaçonave operada pela SpaceX.
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